Este blog serve de suporte as aulas de Ciências do 9º ano do Ensino Fundamental da Escola Professora Heloisa Louzada.
Aqui serão postados assuntos relacionados as aulas e todos os estudantes são convidados a participar deste blog e a deixar seus comentários aqui.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O elemento químico de número atômico 112 já tem nome!

Copernício
     O elemento químico mais pesado que se conhece, já reconhecido pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC, em inglês), acaba de ser batizado, mais de uma década depois do seu "nascimento."
     O elemento, com número atômico 112, recebeu o nome de copernicium na versão oficial - aportuguesado para copernício - e terá o símbolo químico "Cn".

     O nome é uma homenagem ao astrônomo Nicolau Copérnico (1473-1543).
     Elemento mais pesado que existe
     A IUPAC aceitou o nome proposto pela equipe que descobriu o elemento, que trabalha no Centro para Pesquisa de Íons Pesados, em Darmstadt, na Alemanha.
     Os cientistas haviam sugerido o símbolo químico "Cp", mas a IUPAC afirmou que esta abreviatura tem outros sentidos científicos, o que poderia causar confusão, terminando por optar por Cn.
     O copernício é 277 vezes mais pesado do que o hidrogênio, tornando-se o elemento mais pesado oficialmente reconhecido pela IUPAC.
     Antes do batismo oficial, o copernício era conhecido como unúmbio (ununbium), a palavra latina para o número 112.
     Zinco mais chumbo
     Os cientistas produziram o copernício pela primeira vez em 9 de Fevereiro de 1996. Usando um acelerador de 100 metros de comprimento, a equipe do Dr. Sigurd Hofmann (foto abaixo) disparou íons de zinco sobre uma folha de chumbo.
     A fusão dos núcleos atômicos dos dois elementos produziu um átomo do novo elemento 112, que dura apenas uma fração de segundo. Os cientistas foram capazes de identificá-lo medindo as partículas alfa emitidas durante o decaimento radioativo do novo átomo.
     O copernício é o sexto elemento descoberto por esta equipe internacional, que congrega 21 pesquisadores da Alemanha, Finlândia, Rússia e Eslováquia.
     Os outros elementos nomeados pela equipe foram o Bóhrio (elemento 107), Hássio (elemento 108), Meitnério (elemento 109), Darmstádio (elemento 110) e Roentgêno (elemento 111).






sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Balanceamento das Equações - Resumo 1º ANO

BALANCEAMENTO DAS EQUAÇÕES QUÍMICAS

     Agora que já aprendemos a escrever uma equação química, não podemos deixar de verificar sempre se o número de átomos de cada elemento é o mesmo em ambos os lados da equação, ou seja, se ela está balanceada. Para realizar o balanceamento, temos que colocar um número denominado coeficiente estequiométrico antes dos símbolos. Quando o coeficiente de uma equação for igual a 1, não é preciso escrever. Observe os exemplos:

    Ora, se você tiver duas vezes H2O, terá então um total de 4 átomos de hidrogênio e 2 átomos de oxigênio. Certo?
IMPORTANTE! Devemos lembrar que para ajustar uma equação química usamos unicamente os coeficientes. Em nenhum caso trocamos os subíndices das fórmulas. Se fizermos isso vamos alterar a identidade da substância. Vamos ver um exemplo?
    Embora a equação esteja balanceada, ela não representa a reação química da formação da água. Ao trocar o subíndice do oxigênio da água por dois, trocamos também o composto, obtendo assim a fórmula da água oxigenada.
LEMBRE-SE: Os coeficientes usados no balanceamento de uma equação química devem ser sempre os menores números inteiros possíveis, pois não dá para imaginar 1/2 molécula de oxigênio!
    Algumas equações são facilmente balanceadas. Isso leva apenas alguns minutos, mas algumas são um pouco mais complicadas. Para facilitar esse tipo de operação, vamos aplicar o "método por tentativas". Para isso, basta seguir algumas regrinhas práticas:
Exemplo 1: A queima do álcool é descrita pela seguinte equação química. Vamos começar o balanceamento?
    Como escolhemos os coeficientes?
    Devemos começar o acerto pelo elemento que apareça uma só vez de cada lado da equação (nesse caso temos o carbono e o hidrogênio). Portanto, devemos multiplicar o carbono por 2 e o hidrogênio por 3 (ambos do lado direito) para ficarmos com 2 átomos de carbono e 6 átomos de hidrogênio de cada lado da equação. Teremos portanto:
    Agora vamos dar uma olhadinha para os oxigênios. Temos 4 oxigênios pertencentes ao CO2 e 3 oxigênios da água, somando um total de 7 oxigênios do lado dos produtos e apenas 3 do lado dos reagentes (1 átomo de oxigênio do C2H6O e 2 átomos do O2). Como podemos resolver isso?
    Basta multiplicar o oxigênio por três!!
    Temos assim a equação balanceada.
    Viu como é fácil? Vamos exercitar mais um pouquinho.
Exemplo 2:
    Você deve estar se perguntando: o que significa esse número fora dos parênteses?
    Nesse caso, os elementos entre os parênteses são multiplicados pelo número 2. Quer ver como é fácil?
    Agora que já sabemos determinar quantos elementos têm essa fórmula, vamos começar o balanceamento?
    Temos o cálcio (Ca) e o fósforo (P), que aparecem uma vez de cada lado da equação. Mas por onde começar?
    Pela regra dois, devemos começar pelo elemento que tiver o maior índice, nesse caso o cálcio (Ca), que possui índice 3. Devemos, portanto, multiplicar o cálcio do lado esquerdo por 3.
    Que legal! Você percebeu que a equação já está toda balanceada? Vamos conferir.
        
     LADO DIREITO                 LADO ESQUERDO
                  3 cálcios                                                 3 cálcios
 3 oxigênios + 5 oxigênios= 8 oxigênios                   8 oxigênios
                2 fósforos                                                2 fósforos







sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Plástico biodegradável
    O lixo urbano é um problema para as grandes cidades, agravado pelo aumento do uso de embalagens descartáveis. Para tentar reduzir o descarte inadequado e incentivar a reciclagem de garrafas de plástico do tipo PET (politereftalato de etila) usadas, que levam até 500 anos para se decompor na natureza, a Universidade da Região de Joinville (Univille), em Santa Catarina, e a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) desenvolveram, a partir desse material, um plástico que se degrada no solo em 45 dias.
    Para desenvolver o novo plástico, os pesquisadores adotaram o método da reciclagem química, em que as garrafas são lavadas, esterilizadas, cortadas e colocadas em um reator. Nesse aparelho, a garrafa PET original se une a um polímero biodegradável. Esse composto, ao contrário dos obtidos a partir do petróleo, como o PET, tem decomposição mais rápida. “Polímeros como o PET são formados por anéis aromáticos difíceis de serem quebrados durante a decomposição. Já os polímeros biodegradáveis são compostos por cadeias abertas, ou seja, não têm esses anéis, o que facilita o processo”, explica a coordenadora da pesquisa na Univille, a química Ana Paula Pezzin. “Assim, nasce um copolímero de fácil degradação, que em apenas 45 dias alcança estado bastante acelerado de decomposição.”
    A equipe avaliou as propriedades e a capacidade de degradação de diversas composições do material. Vários percentuais de quatro polímeros biodegradáveis diferentes foram adicionados ao PET pós-consumo. O tempo máximo de decomposição foi de sete meses – muito pouco se comparado às centenas de anos do PET tradicional. Realizada inicialmente pela química Sandra Einloft, da PUC-RS, a pesquisa conta com o apoio da Universidade Pierre e Marie Curie, da França.
    Segundo Pezzin, o desenvolvimento desses copolímeros é um marco no Brasil, já que o país é um dos campeões em reciclagem de garrafas PET. Dados da Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet) mostram que, em 2005, quase metade das embalagens usadas no Brasil passava por processos de reciclagem.
     No entanto, o material reciclado não pode voltar a ser usado para embalar alimentos ou bebidas. “Isso jamais seria aprovado”, diz Pezzin. “As pessoas não aceitariam colocar na boca algo que já esteve no lixo.” O material biodegradável pode ser empregado na confecção de embalagens para produtos de beleza, interruptores e materiais de decoração ou qualquer outro produto que seja rapidamente descartado.

    Os custos para produzir o polímero biodegradável ainda são maiores que os do PET tradicional, mas a pesquisadora alerta para a importância do produto. “Precisamos de alternativas aos materiais derivados de petróleo, já que um dia esse recurso vai se esgotar”, argumenta Pezzin. “Além disso, apesar das excelentes propriedades do PET, sua presença em aterros sanitários atrapalha a decomposição de outros materiais, pois dificulta a circulação de líquidos e gases que agem sobre o lixo orgânico.” Algumas empresas atentas a esses fatos já demonstram interesse em desenvolver novos materiais a partir dessa tecnologia e as negociações seguem em sigilo.
Fonte: Ciência Hoje On-line

sábado, 31 de julho de 2010

  " ... O tempo é algo que não volta atrás.
Por isso plante seu jardim e decore sua alma,
Ao invés de esperar que alguém lhe traga flores ... "
                                                                                  William Shakespeare

                   Volta às aulas!!!
  Queridos alunos é hora de recomeçar ... agora só faltam cinco meses para o final do ano.
  É hora de estudar e correr atrás do que ficou perdido ou foi feito pela metade.
  Bom retorno e confiem, pois vocês são capazes!
 Prof Carla

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A Química da Cafeína
    A cafeína é a 1,3,7-trimetilxantina é um pó branco cristalino muito amargo. Na medicina, a cafeína é utilizada como um estimulante cardíaco e um diurético. Esse composto químico tem fórmula C8H10N4O2
    A Cafeína é um alcalóide. Entre os vários alcalóides existentes na natureza, encontram-se as metilxantinas. Existem 3 metilxantinas particularmente importantes: a 1,3,7-trimetilxantina (cafeína), a 1,3-dimetilxantina (teofilina) e a 3,7-dimetilxantina (teobromina). A teobromina é encontrada no chocolate, no chá, na noz moscada, mas não no café. No cacau, a concentração de teobromina é 7 vezes maior do que de cafeína! A teofilina possui mais efeitos no coração e na respiração, sendo, por isso, mais empregada em medicamento para asma, bronquite e efisemas do que a cafeína. É encontrada, também, no café. No organismo, estes compostos são facilmente oxidados para o ácido úrico e outros derivados.
    A cafeína é uma droga que causa dependência – física e psicológica. Ela opera por mecanismos similares às anfetaminas e à cocaína. Seus efeitos, entretanto, são mais fracos do que estas drogas, mas ela age nos mesmos receptores do sistema nervoso central (SNC). Se você sente que “não funciona” sem um copo de café, é porque você já está viciado em cafeína…
    A ligação da adenosina, um neurotransmissor natural, aos seus receptores, diminui a atividade neural, dilata os vasos sanguíneos, entre outros. A cafeína se liga aos receptores da adenosina e impede a ação da mesma sobre o SNC. A cafeína estimula a atividade neural e causa a constricção dos vasos sanguíneos, pois bloqueia a ação da adenosina. Muitos medicamentos contra a dor de cabeça, tal como a Aspirina Forte, contém cafeína – se você estiver sofrende de uma dor de cabeça vascular, a cafeína irá contrair os vasos sanguíneos e aliviar a dor. Com o aumento da atividade neural, a glândula pituitária (localizada sobre os rins) “pensa” que algum tipo de emergência está ocorrendo, e libera grandes quantidades de adrenalina, que causa uma série de efeitos no corpo humano, como a taquicardia, aumento da pressão arterial, abertura dos tubos respiratórios (por isso muitos medicamentos contra a asma contém cafeína), aumento do metabolismo e contração dos músculos, entre outros.
    Doses médias                                  
café coado: 150 mg /xícara
expresso: 350 mg /xícara
instantâneo: 100 mg /xícara
descafeinado: 4 mg /xícara
chá: 70 mg /xícara
coca-cola: 45.6 mg /lata
diet coca-cola: 45.6 mg /lata
pepsi cola: 37.2 mg /lata
diet pepsi: 35.4 mg /lata
chocolate: (200g): 7 mg  
    A cafeína também aumenta a concentração de dopamina no sangue (assim como fazem as anfetaminas e a cocaína), por diminuir a recaptação desta no SNC. A dopamina também é um neurotransmissor (relacionado com o prazer) e suspeita-se que seja justamente este aumento dos níveis de dopamina que leve ao vício da cafeína.
    Resumindo, a cafeína, em curto prazo, impede que você durma porque bloqueia a recepção de adenosina; lhe dá mais “energia”, pois causa a liberação de adrenalina, e lhe faz sentir melhor, pois manipula a produção de dopamina.
    O problema do consumo de cafeína só aparece em longo prazo. O mais importante é o efeito que a cafeína tem sobre o sono. A recepção de adenosina é muito importante para o sono, principalmente para o sono profundo. O tempo de meia-vida da cafeína no organismo é de 6 horas. Portanto, se você beber um xícara de café (200 mg de cafeína) por volta das 15:00h, cerca de 100 mg de cafeína ainda estarão em seu corpo lá pelas 21:00h. Você ainda estará apto a dormir, mas provavelmente não irá usufruir os benefícios do sono profundo. No dia seguinte, você precisará mais cafeína para se sentir melhor, e este círculo vicioso continua, dia após dia. Se você tentar parar de consumir cafeína, você irá se sentir deprimido e, algumas vezes, com uma terrível dor de cabeça – causada pela excessiva dilatação dos vasos sanguíneos no cérebro. Estes efeitos negativos o forçam a correr de volta para o consumo de cafeína. Esta é a principal razão que leva os fabricantes de refrigerantes a adicionar cafeína aos seus produtos – o consumidor se torna viciado e as vendas aumentam!
    A descoberta do café
    Os historiadores dizem que o café foi descoberto na Etiópia, em torno de 700 AC, onde a planta crescia naturalmente. Alguns pastores perceberam que suas ovelhas não conseguiam dormir, à noite, após comerem os frutos desta planta. Durante o século XIV alguns pés de café foram plantados na Arábia. Eles chamaram esta planta de Kaweh, e era usado como alimento, na fabricação de vinho e como remédio. Por volta de 1500, o café já estava na Turquia e na Itália e, em 1720, já estava em Paris. Em 1736 o primeiro pé de café foi plantado em Porto Rico e, menos de 20 anos mais tarde, já era o principal produto de exportação do país (como continua sendo até hoje!). A economia brasileira, por um longo período, teve no café o seu principal produto (o que não é novidade para quem acompanha a novela Terra Nostra). O país com o maior consumo per capita de café é os EUA, e, lá, as variedades preferidas são as provindas da Colômbia e de Porto Rico.





Fósforo – branco, vermelho e preto
    O fósforo é um elemento muito importante em nosso corpo. Uma pessoa de tamanho médio contém em média 500 gramas de fósforo.
    O fósforo existe em diferentes formas alotrópicas.
    O Fósforo branco é uma forma alotrópica do fósforo, muito venenosa, que deve ser mantida sob a água devido à sua propriedade de inflamar-se espontaneamente em contato com o ar.
    O fósforo branco reage fortemente com o oxigênio do ar resultando em um intensa luz branca. Por isso é armazenado em água para evitar a reação.
              História
    Do grego phosphóros (fonte de luz, nome antigo para o planeta Vênus). Descoberto em 1669 pelo alquimista alemão Hennig Brand que o preparou a partir da urina (tentou obter resíduos da destilação. O resultado foi um material que brilhava no escuro. E o termo fosforescência passou a designar genericamente a propriedade de certas substâncias de emitir luz sem combustão).
          Disponibilidade
    Não encontrado livre na natureza. A apatita (fluorfosfato ou clorofosfato de cálcio) é um dos minerais mais importantes.
          Produção
    Um dos processos é o aquecimento, em forno de arco voltaico, do fosfato na presença de sílica e carbono. Em outras épocas, era obtido industrialmente (para a produção de "palitos de fósforo") pela destilação dos vapores resultantes do aquecimento, em retorta, de fosfatos obtidos a partir de ossos moídos e tratados com ácidos.
          Propriedades
    Apresenta diversas variedades alotrópicas e as principais são o branco, o vermelho e o preto. Fósforo comum tem a aparência de um sólido branco e no estado puro se torna incolor. A molécula tem 4 átomos (P4). É solúvel em dissulfeto de carbono (CS2) e insolúvel em água. Em contato com o ar queima espontaneamente, produzindo o pentóxido.
    O fósforo branco é convertido para a variedade vermelha pela exposição à luz solar ou pelo aquecimento, em seu próprio vapor, a 250°C. Essa variedade não queima espontaneamente e não é tão perigosa quanto a branca. Mas deve ser manuseada com cuidado pois emite fumaças tóxicas de óxidos quando aquecida.
    O elemento é altamente venenoso. Uma dosagem de 50 mg é fatal. Fósforo branco deve ser mantido imerso em água e o contato com a pele provoca graves queimaduras. Alguns compostos orgânicos estão entre os venenos mais poderosos. A maioria dos fosfatos inorgânicos não é considerada tóxica.
Tabela periódica e propriedades periódicas - 1º ANO
             Alunos, a seguir está o pps sobre a Tabela e as Propriedades Periódicas da Tabela.


sexta-feira, 9 de julho de 2010

Resumo das Principais Funções Orgânicas - 3º ANO
    Alunos, a seguir está um resumo das principais funções orgâncias para facilitar o estudo de vocês. Este resumo complementa o postado anteriormente sobre Hidrocarbonetos.
Bons estudos!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Soluções - Fórmulas - 2º ANO

Aqui estão todas as fórmulas usadas para cálculos de soluções.
Bom estudo!
Colaboração do aluno Fernando Mendes Pappis, Turma 201

sexta-feira, 28 de maio de 2010

TABELA PERIÓDICA - RESUMO


• Lei periódica atual (Moseley)
 ”Quando os elementos químicos são agrupados em ordem crescente de número atômico (Z), observa-se a repetição periódica de várias de suas propriedades”.
 A partir dessa lei a tabela periódica é organizada de forma definitiva e se apresenta de modo a tornar mais evidente a relação entre as propriedades dos elementos e a estrutura eletrônica deles.
PERÍODOS ou SÉRIES
 A tabela dos elementos químicos atual possui sete fileiras horizontais. Cada fileira é chamada de período, ou seja, logo apresenta sete períodos. O número do período corresponde à quantidade de níveis (camadas) que os elementos químicos apresentam.
GRUPO ou FAMÍLIA
 Os elementos químicos estão organizados na tabela em 18 colunas verticais que são chamadas de grupos ou famílias. Elementos de uma mesma família apresentam propriedades químicas semelhantes e possuem a mesma configuração eletrônica em sua camada de valência (última camada).
Famílias A: Constituem a parte mais alta da tabela. A numeração se inicia com 1A e continua até o zero ou 8A.
 Dessas famílias têm algumas que possuem nomes especiais. São elas:
• Família dos metais alcalinos. Corresponde aos metais da família 1A.
• Família dos metais alcalino-terrosos. Corresponde aos metais da família 2A.
• Família do Boro. Corresponde a família 3A.
• Família do Carbono. Corresponde a família 4A.
• Família do Nitrogênio. Corresponde a família 5A.
• Família dos calcogênios. Corresponde a coluna 6A.
• Família dos Halogênios. Corresponde a coluna 7A.
•Família dos Gases Nobres. Corresponde a coluna 8A ou Zero.
Famílias B: Forma a Parte baixa da tabela. São os elementos das colunas B da tabela periódica.
Classificação dos elementos com base na sua estrutura eletrônica:
ELEMENTOS REPRESENTATIVOS (Subníveis s ou p)
São elementos químicos cuja distribuição eletrônica, em ordem crescente de energia, termina no subnível s ou p. São elementos representativos todos elementos da família A (1A, 2A, 3A, 4A, 5A, 6A, 7A, 8A ou 0).
ELEMENTOS DE TRANSIÇÃO (Subníveis d)
São elementos químicos cuja distribuição eletrônica em ordem crescente de energia, termina num subnível d. São todos os elementos do grupo ou família B (1B, 2B, 3B, 4B, 5B, 6B, 8B).
ELEMENTOS DE TRANSIÇÃO INTERNA (Subníveis f)
São elementos cuja distribuição eletrônica em ordem crescente de energia, terminam no subnível f. São os Lantanídios e os Actinídios. Estão todos na família 3B, sexto e sétimo período respectivamente.
Podemos classificar os elementos da tabela Periódica, também, de acordo a algumas características. Os elementos podem ser classificados como:
Metais
São elementos que apresentam um, dois ou três elétrons na sua camada de valência (última camada). Representam aproximadamente dois terço da tabela.
As principais propriedades físicas são:
a) nas condições ambientes são sólidos, com exceção do mercúrio (Hg), que é líquido.
b) são bons condutores de calor e corrente elétrica.
c) apresentam o chamado brilho metálico e cor característica.
d) são maleáveis, isto é, podem ser transformado em lâminas.
e) são dúcteis, isto é, podem ser transformado em fios.
Ametais ou Não-Metais
São elementos que possuem cinco, seis ou sete elétrons na última camada.
Existem apenas 11 elementos classificados como ametais. As principais propriedades físicas dos ametais são:
a) nas condições ambientes apresentam-se nos seguintes estados físicos: Sólidos: C P S Se I At Líquido: Br Gasosos: F O N Cl
b) são maus condutores de calor e eletricidade.
c) não apresentam brilho
Semimetais ou metalóides
São elementos que apresentam propriedades intermediárias entre os metais e os ametais. Por isso, ao se combinarem com outros elementos podem se comportar como metais ou ametais. São em números de sete. São sólidos a temperatura ambiente e o mais utilizado é o silício, empregado na construção de semicondutores. São eles: B, Si, Ge, As, Sb, Te, Po
Gases Nobres
São elementos que possuem oito elétrons em sua camada de valência (exceto o He, que possui 2). São gasosos em condições ambientes e tem como principal característica a grande estabilidade, ou seja, possuem pequena capacidade de se combinarem com outros elementos. É a última coluna da tabela Periódica. São no
total 6 elementos e sua característica mais importante é a inércia química.
Hidrogênio
É um elemento atípico, possuindo a propriedade de se combinar com metais, ametais e semi-metais. Nas condições ambientes, é um gás extremamente inflamável.
Todos os elementos classificados na tabela são encontrados naturalmente?
Não. Oficialmente são conhecidos até hoje 109 elementos químicos. Entre eles, 88 são naturais (encontrados na natureza) e 21 são artificiais (produzidos em laboratórios). Portanto classificamos estes artificiais em:
Cisurânicos → apresentam número atômico inferior a 92 , do elemento Urânio, e são os seguintes:
Tecnécio (Tc), Astato (At), Frâncio (Fr), Promécio (Pm)
Transurânicos → apresentam número atômico superior a 92 e são atualmente em número de 17.
O sonho de Kekulé


   Antes de verem o “sonho de Kekulé” relatado no título, é interessante lembrar que grande parte dos compostos produzidos em nosso corpo são orgânicos. Só para lembrar, por exemplo, há a uréia e a glicose. Não apenas em seres humanos, mas também em todos os seres vivos, sejam eles vegetais ou animais.
   Ou seja, os compostos orgânicos estão em quase tudo que tem vida orgânica em nosso planeta.
   Mas até que esse cara (Kekulé), de quem relatamos o citado sonho, não tivesse esse insight, através do sonho por ele relatado, pouco sobre o universo dos compostos orgânicos era conhecido.
   Quem foi Friedrich August Kekulé von Stradonitz?
   Numa frase, simplesmente podemos dizer que Kekulé foi o pioneiro da química orgânica.
   O texto a seguir foi extraído de um discurso feito pelo próprio Kekulé na prefeitura de Berlim, em 1890, em comemoração ao 25º aniversário do anúncio da fórmula do benzeno:
   ” Vocês estão celebrando o jubileu da teoria do benzeno. Eu devo, antes de tudo, falar-lhes que, para mim, a teoria do benzeno foi somente uma conseqüência, e uma conseqüência muito óbvia das idéias que eu formava sobre as valências dos átomos e da natureza de suas ligações; as idéias, portanto, as quais nós hoje chamamos de teoria da valência e estrutural. O que mais eu poderia ter feito com as valências não utilizadas? Durante minha estada em Londres, eu residi em Clapham Road… Freqüentemente, no entanto, passava as noites com meu amigo Hugo Mueller… Nós conversávamos sobre muitas coisas, mas, com mais freqüência, de nossa amada química. Em um agradável anoitecer de verão, estava retornando no último ônibus, sentado do lado de fora, como de costume, trafegando pelas ruas desertas da cidade… Eu caí em devaneio, e vejam só, os átomos estavam saltando diante dos meus olhos! Até agora, sempre que esses seres diminutos haviam aparecido para mim, estavam sempre em movimento; mas até aquele momento eu não fora capaz de perceber a natureza de seus movimentos. Agora, entretanto, eu via como, freqüentemente, dois átomos menores uniam-se para formar um par; como um maior abraçava os outros dois menores; como outros ainda maiores retinham três ou mesmo quatro dos menores; enquanto o conjunto mantinha-se girando em uma dança vertiginosa. Vi como os maiores formavam uma cadeia, arrastando os menores atrás de si, mas somente nos finais da cadeia… O grito do motorista: “Clapham Road” acordou-me do sonho; mas passei uma parte da noite colocando no papel pelo menos o esboço dessas formas de sonho. Essa foi a origem da “teoria estrutural”.
   “Algo semelhante aconteceu com a teoria do benzeno. Durante minha estada em Ghent, morava em elegantes aposentos de solteiro na via principal. Meu escritório, no entanto, tinha frente para um beco estreito e nenhuma luz do dia penetrava nele… Estava sentado escrevendo mau livro didático, mas o trabalho não progredia; meus pensamentos estavam em outro lugar. Virei minha cadeira para o fogo e cochilei. Novamente os átomos estavam saltando diante dos meus olhos. Nessa hora, os grupos menores mantinham-se modestamente no fundo. Meu olho mental, que se tornara mais aguçado pelas visões repetidas do mesmo tipo, podia agora distinguir estruturas maiores de conformações múltiplas: fileiras longas, às vezes mais apertadas, todas juntas, emparelhadas e entrelaçadas em movimento como o de uma cobra. Mas veja! O que era aquilo? Uma das cobras havia agarrado sua própria cauda, e essa forma girava zombeteiramente diante dos meus olhos. Acordei como se por um raio de luz; e então, também passei o resto da noite desenvolvendo as conseqüências da hipótese.” (Benfey, journal of Chemical Education, vol.35, 1958, p.21).
   Para relatar o sonho de kekulé, o trecho acima descrito foi extraído do livro: Química de autoria de JOAO USBERCO e EDGARD SALVADOR, publicado pela editora Saraiva.
   Em resumo:
   Kekulé era um estudioso de química orgânica. Quebrou a cabeça durante muito tempo, tentando combinar seis átomos de carbono com seis átomos de hidrogênio, numa fórmula que explicasse de forma satisfatória as propriedades especiais que esses átomos tinham na molécula do benzeno. Depois de muito pensar e estudar e fazer proposições, sentou-se em uma poltrona e tirou uma soneca à frente da lareira. Ao acordar, lembrou-se de um sonho estranho que tivera: uma cobra mordendo a própria cauda! Imediatamente, associou a forma cíclica dessa visão com o arranjo de átomos que pesquisava. E chegou à fórmula espacial do benzeno. Com essa descoberta, abriu-se um campo enorme para a síntese de novos produtos. Grande parte dos remédios produzidos pela indústria farmacêutica têm como ponto de partida o benzeno.
Números Quânticos- 1º ANO


O Power Point a seguir é um resumo para estudar o conteúdo. Alunos, prestem atenção às dicas... e bom estudo!


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Atenção alunos vem aí uma nova edição da Olimpíada de Química!!!
Os alunos interessados em participar devem falar comigo para começarmos a revisar os conteúdos.
Não esqueçam que para ter bons resultados o melhor caminho é o estudo!
IX Olimpíada de Química do Rio Grande do Sul
23/10/2010

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O único brasileiro a participar da descoberta de um elemento químico


      O brasileiro José Bonifácio de Andrade descobriu quatro minerais novos:, sendo dois a petalita e o espodumênio, chamados atualmente de aluminossilicatos de lítio. A repercusão da descoberta desses minerais despertou interesse da comunidade científica da época. O principal resultado foi a descoberta pelo químico inglês Humphry Davy do lítio. O reconhecimento do trabalho de José Bonifácio pela comunidade científica foi feita pelo mineralogista James Dwight Dana (1837-1868), colocando o nome de Andradita para o mineral granada (Ca3Fe2(SiO4)3).

Para saber mais leia: Uma Família de Químicos Unindo Brasil e Portugal: Domingos Vandelli, José Bonifácio de Andrada e Silva e Alexandre Vandelli de Adílio Jorge Marques e Carlos A. L. Filgueiras publicado na Química Nova na Escola.
Tabela Periódica
      A Tabela Periódica surgiu devido à crescente descoberta de elementos químicos e suas propriedades, os quais necessitavam ser organizados segundo suas características. Até 1800 aproximadamente 30 elementos eram conhecidos; nos dias de hoje a Tabela Periódica consta de 109 elementos.
     Vejam só como ela cresceu!
     Com a Tabela Periódica podemos analisar uma série de propriedades dos elementos. Um químico sempre a tem em mãos. Mas por que será que ela tem esse nome?
     O nome "Tabela Periódica" é devido à periodicidade, ou seja, à repetição de propriedades, de intervalos em intervalos, como, por exemplo, ocorre com as fases da lua, que mudam durante o mês e se repetem mês após mês.
     A base da classificação periódica atual é a tabela de Mendeleev, com a diferença de que as propriedades dos elementos variam periodicamente com seus números atômicos e não com os pesos atômicos, como era a classificação feita por Mendeleev.
     A Tabela Periódica atual é formada por 109 elementos distribuídos em 7 linhas horizontais, cada uma sendo chamada de período. Os elementos pertencentes ao mesmo período possuem o mesmo número de camadas de elétrons.
     Vamos verificar?


K 2             K 2             K 2


L 1             L 4             L 8
      Viu só, o lítio, o carbono e o neônio possuem 2 camadas (K e L); portanto são do segundo período.
      As linhas verticais da Tabela Periódica são denominadas de famílias e estão divididas em 18 colunas. Os elementos químicos que estão na mesma coluna na Tabela Periódica possuem propriedades químicas e físicas semelhantes.
      A família é caracterizada pelos elétrons do subnível mais energético, portanto os elementos de uma mesma família apresentam a mesma configuração na última camada.
     Vamos verificar alguns exemplos?
      O berílio e o cálcio tem a mesma configuração na última camada, isto é, s2; portanto ambos pertencem à família 2A ou 2.
      Algumas colunas possuem nomes especiais. Vamos conhecer quais são elas?
Família 1 (1A) - Alcalinos
Família 2 (2A) - Alcalino-terrosos
Família 13 (3A) - Família do boro
Família 14 (4A) - Família do carbono
Família 15 (5A) - Família do nitrogênio
Família 16 (6A) - Calcogênios
Família 17 (7A) - Halogênios
Família 18 (Zero) - Gases Nobres
      Os elementos da Tabela Periódica podem ser classificados como:

Metais: Eles são a maioria dos elementos da tabela. São bons condutores de eletricidade e calor, maleáveis e dúcteis, possuem brilho metálico característico e são sólidos, com exceção do mercúrio.

Não-Metais: São os mais abundantes na natureza e, ao contrário dos metais, não são bons condutores de calor e eletricidade, não são maleáveis e dúcteis e não possuem brilho como os metais.

Gases Nobres: São no total 6 elementos e sua característica mais importante é a inércia química.

Hidrogênio: O hidrogênio é um elemento considerado à parte por ter um comportamento único.
A descoberta dos Elementos Químicos


           Alguns elementos já eram conhecidos pelo homem desde a antigüidade, a saber, ouro, prata, cobre, ferro, chumbo, estanho, mercúrio e enxofre. Destes, sete são metais, tendo inclusive surgido uma teoria que tal seria o número máximo possível de metais existentes, cada qual associado a cada um dos corpos celestes então conhecidos.
          Ainda no tempo da Alquimia, mais quatro elementos foram conhecidos no estado livre: arsênio, antimônio, bismuto e fósforo.
          O assim chamado "arsênico"dos gregos e romanos, consistia em seus sulfetos naturais, um deles o "ouropimenta"(corruptela de "ouropigmento"), nome dado ao mineral constituído de sulfeto de arsênio. Não se sabe ao certo quem primeiro o obteve em estado elementar; costuma-se atribuir o feito a Alberto, o Grande (Albertus Magnus, 1193-1280), dominicano alemão, que obteve o metal pelo aquecimento de ouropimenta com sabão. Paracelsus, no séc. XVI, mencionou um processo de obtenção de arsênio pelo aquecimento do "arsênico" dos antigos com cascas de ovos.
         O antimônio, tal como o arsênio, também já era conhecido dos antigos, provavelmente só na forma de sulfeto, que era usado para o escurecimento das pálpebras das mulheres. A imperatriz Cleóprata, do Egito, fazia uso desse composto para a pintura das pálpebras.
         No século XVIII vão ser preparados e reconhecidos vários novos elementos. Entre os metais, o cobalto (1735), a platina (1740-1741), o zinco (1746), o níquel (1757), o manganês (1774), o molibdênio (1781), o telúrio (1782), o tungstênio (1785) e o crômio (1798). Entre os não-metais o nitrogênio, o cloro, o hidrogênio e o oxigênio.
        No século XIX, vamos encontrar o grande desenvolvimento da Química Orgânica, a qual atrai o interesse de grande número de químicos. Embora um número menor de químicos continuasse se dedicando ao ramo mais antigo, a Química Inorgânica, os resultados desta na época não foram menos importantes, tendo sido descobertos muitos novos elementos, em número maior do que todos os conhecidos até então.

Fonte:UNESP – UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Fogos de Artifício - A Química das cores ou as cores da Química?
   Final de ano, nada mais comum que passar a virada do ano vendo o show de fogos de artifício, seja ao vivo ou pela TV. Quem nunca fez isso?
Shows de fogos de artifício são muito bonitos, no entanto, o barulho nas redondezas do espetáculo é gigantesco. E isso, é devido à grande quantidade de pólvora existente em um fogo de artifício.
   Um fogo de artifício é composto basicamente por pólvora (mistura de enxofre, carvão e salitre 'nitrato de potássio') e por um sal de um elemento determinado (o que irá determinar a cor da luz produzida na explosão).
   A pólvora foi bastante utilizada nos últimos séculos, principalmente, no século XX, durante a 1ª e 2ª Guerra Mundial. Geralmente, a descoberta da pólvora é atribuída aos chineses, que aparentemente a fizeram por volta do ano 1000 d.C. ou seja, por volta do século XI. Foi também os chineses que inventaram os fogos de artifício. Não como eles são encontrados hoje, mas de uma forma primária.
   Na Europa, como é de conhecimento de muitos, ocorreram diversas guerras, dentro e patrocinadas por seus países. Isso ajudou no desenvolvimento de técnicas de trabalho com a pólvora e até a sua melhoria. Neste continente, a pólvora chegou por volta do século XIII ou XIV, mas só no século XVIII, durante a Revolução Francesa que a sua produção foi melhorada. Antoine Laurent Lavoisier, durante esta revolução, foi nomeado como o responsável pela munição, ou seja, pela pólvora. Até então, o salitre utilizado na produção de pólvora era obtido de forma primitiva e em pequenas quantidades. Lavoisier foi quem descobriu uma maneira de sintetizar o salitre em grandes quantidades, o que possibilitou um aumento sensível na produção e utilização da pólvora.
   A pólvora, em um fogo de artifício, possui, além do nitrato de potássio (KNO3), perclorato de potássio (KClO4) ou clorato de potássio (KClO3). Estes compostos são denominados oxidantes e são altamente explosivos. A presença desses sais (KClO4 e KClO3) é uma forma de aumentar a explosão e a claridade proporcionada pelo fogo de artifício. Geralmente é utilizado sais de potássio, mas não de sódio, isso é devido ao fato dos sais de sódio absorverem água da atmosfera com maior facilidade do que os sais de potássio. Esse fato é o que impossibilita a utilização de sais de sódio em fogos de artifícios, uma vez que ao serem estocados, caso fossem feitos com sais de sódio, ocorreria a absorção de água, o que atrapalharia no momento da explosão do fogo. Além da intensa luz amarela que é obtida com os sais de sódio, que ofuscaria as outras cores.
   A Química das cores dos fogos de artifício
   As cores produzidas em um show de fogos de artifício são produzidas a partir de dois fenômenos, a incandescência e a luminescência.
   A incandescência é a luz produzida pelo aquecimento de substâncias. Quando se aquece um metal, por exemplo, ele passa a emitir radiação infravermelha, que vai se modificando até se tornar radiação visível na cor branca. Isso irá depender de qual temperatura é atingida. Um exemplo de incandescência são as lâmpadas incandescentes, onde existe um filamento de tungstênio que é aquecido e passa a produzir luz, a partir da incandescência. Este fenômeno é, também, visto nos fogos de artifício, nos quais são utilizados metais como o alumínio e magnésio, que ao queimarem produzem alta claridade.
   A luminescência é a luz produzida a partir emissão de energia, na forma de luz, por um elétron excitado, que volta para o nível de energia menos energético de um átomo.
   Este fenômeno, a luminescência, pode ser explicado da seguinte forma: 1) Um átomo, de um elemento químico qualquer, possui elétrons em níveis de energia. Ao receber energia, estes elétrons são excitados, ou seja, são promovidos a níveis de energia mais elevados. A quantidade de energia absorvida por um elétron é quantizada, ou melhor, é sempre em quantidades precisas, não podendo ser acumulada. 2) O elétron excitado tem a tendência de voltar para o nível menos energético, pois é mais estável. Quando ocorre esta passagem, do nível mais energético para o menos, ocorre também a liberação da energia absorvida, só que agora, na forma de um fóton, ou seja, na forma de luz.
   A luminescência é uma característica de cada elemento químico. Ou seja, átomos de sódio quando aquecido, emitem luz amarela, pela luminescência. Já os átomos de estrôncio e lítio produzem luz vermelha.  Os de bário produzem luz verde e assim por diante.
   Os fogos de artifício utilizam deste fenômeno e desta variedade, uma vez que há fogos das mais diversas cores. No entanto, nos fogos de artifício são utilizados sais destes elementos químicos, pois o elemento puro, é muitas vezes, reativo. Na tabela a seguir, há uma relação entre as cores e os sais dos elementos químicos utilizados para a sua produção.
Escrito por: Miguel A. Medeiros (http://www.quiprocura.net/fogo.htm)
Uma reação química sensacional!!


     Reação química resulta em água de cor paradisíaca na Costa Rica Rio Celeste mantém um azul impressionante por 36 quilômetros. Queda do rio no Parque Nacional Vulcão Tenório atrai muitos turistas.
     Reação química entre carbonato de cálcio e enxofre resulta neste azul paradisíaco do rio Celeste, na Costa Rica. A água mantém esta cor por um extensão de 36 quilômetros, que inclui o Parque Nacional Vulcão Tenório, em Upala.
(Foto: Reuters/Juan Carlos Ulate)
Cientistas dos EUA criam bateria de papel



     Uma equipe de cientistas da Universidade de Stanford, na Califórnia, conseguiu criar uma bateria a partir de papel comum, usado em copiadoras.
     Os pesquisadores começaram a pesquisa pintando o papel com uma espécie de tinta, formada por estruturas minúsculas e cilíndricas feitas de carbono, chamadas de nanotubos de carbono.
     O papel coberto com esta tinta é então mergulhado em uma solução com lítio e um eletrólito (condutor de eletricidade), possibilitando a reação química que gera a corrente elétrica da bateria. O papel atua coletando a carga elétrica desta reação.
     Depois de submetê-lo a esse tratamento, os cientistas então envolveram o pedaço de papel em uma pequena bolsa de plástico.
     Pedaços de platina foram colocados nas pontas do papel tratado, para melhorar o contato elétrico. Em seguida, fios com eletrodos, para coletar a corrente e ligados ao papel tratado, foram colocados saindo das pontas seladas da bolsa de plástico. Com isso, os cientistas conseguiram acender uma pequena lâmpada, com uma voltagem que alcançou 2,3 volts.
     Este uso do papel pode reduzir o peso das baterias em 20%. Geralmente pilhas e baterias são feitas com metais, o que aumenta seu peso.
     Liangbing Hu, que liderou a pesquisa, afirmou que o aspecto mais importante desta nova bateria é que o papel é um material conhecido, bem compreendido e barato, o que facilita sua aplicação.
     "O papel comum, que usamos em nosso cotidiano, pode ser a solução para armazenagem de energia de uma forma mais eficiente e barata", afirmou o cientista à BBC.
     "A tecnologia desenvolvida na indústria do papel durante um século pode ser transmitida para melhorar o processo e a performance destes dispositivos que usam o papel como base", acrescentou.
     A pesquisa foi divulgada na publicação especializada "Proceedings of the National Academy of Sciences".
     Rapidez
     As baterias criadas pela equipe de Stanford também podem liberar a energia armazenada rapidamente. Esta característica pode ser aproveitada em situações na qual são necessárias rápidas explosões de energia, como em veículos elétricos --apesar de a equipe não ter planos imediatos de desenvolver baterias de papel para carros.
     Mas os cientistas afirmaram que a técnica para produzir a bateria de papel pode ser adaptada no futuro para permitir que a tinta formada por nanotubos de carbono seja aplicada em outras superfícies, como paredes.
     Eles também já fizeram experiências com vários tecidos, o que abriria o caminho para a fabricação de baterias também com esses materiais.
     O papel é um bom candidato para receber a tinta com os nanotubos de carbono devido à sua estrutura com milhões de fibras minúsculas e interconectadas.
     O papel também é um material forte, que pode ser curvado, enrolado ou dobrado mais do que metais ou superfícies plásticas que já estão sendo usadas em baterias.
    Baterias pequenas com nanotubos já foram criadas antes, mas o uso de papel comum poderá baratear esta tecnologia e poderá também levar a uma nova forma de armazenamento de energia, que poderá usar a "pintura" do material com elemento essencial.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u664663.shtml